Noite Europeia dos Investigadores 2021 – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto

GALERIA DA BIODIVERSIDADE – CENTRO CIÊNCIA VIVA

24 DE SETEMBRO DE 2021 . 18H00 – 24H00

Na edição deste ano da Noite Europeia dos Investigadores, que se celebra a 24 de setembro, a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva abre as suas portas e convida-o(a) a conhecer a mais recente investigação feita em Portugal, em particular por investigadores em centros de investigação da cidade do Porto, em torno do ambiente, alterações climáticas, sustentabilidade, biodiversidade e conservação da natureza.

Entre as 18h00 e as 24h00, junte-se a nós na noite em que por toda a Europa se celebra a investigação científica. Enquanto explora a Galeria da Biodiversidade, poderá contactar com investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS/CIBIO-InBIO), Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), ForestWISE – Collaborative Laboratory for Integrated Forest & Fire Management, Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM)/ Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, que lhe apresentarão os mais interessantes detalhes sobre o seu trabalho de investigação.

A participação é gratuita, mediante inscrição prévia. Contacte-nos através de galeria@mhnc.up.pt, indique-nos a hora em que nos pretende visitar, e não deixe de participar!

Esta será também uma oportunidade para (re-)visitar a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva de forma livre e gratuita.

Para além destas atividades, descubra todas as ações que terão lugar no âmbito desta iniciativa por todo o país em nei.cienciaviva.pt/2021/.

Até ao dia 24, participe nas atividade preparatórias que reservámos para si!

PROGRAMA DE ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

Consulte aqui as atividades preparatórias que preparámos para si.

PROGRAMA 24 SETEMBRO

18h00 – 19h30

SWUAV – MAPEAMENTO DA ZONA INTERTIDAL E AVALIAÇÃO DE BIOMASSA DE ALGAS USANDO IMAGENS DE UAV

O projeto SWUAV tem como objetivo essencial o mapeamento da zona intertidal (entre marés) e a avaliação de biomassa de macroalgas usando imagens RGB, multi e hiperespectrais recolhidas com drones nas praias rochosas de Vila Chã e Viana do Castelo, em Portugal. É um projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do FEDER, e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, através do Orçamento de Estado. Venha saber mais sobre este projeto.

Com Débora Borges e Isabel Costa, Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)

A VISÃO E O MUNDO NATURAL: QUESTÕES PARA A FILOSOFIA

Como é ver? O que vemos? Qual o papel da visão no nosso conhecimento do mundo natural? Podemos saber como vê uma aranha ou uma cobra? Serão visíveis as espécies em que dividimos conceptualmente o mundo? Estas são algumas questões filosóficas suscitadas pelo modo como pensamos e apresentamos a biodiversidade. Na Noite Europeia dos Investigadores 2021, Manuela Teles apresentará o seu trabalho de investigação a partir de uma exploração destas questões, tendo em conta alguns dos debates da atual filosofia da perceção, como a subjetividade das experiências percetivas, a natureza dos objetos da perceção ou a ligação entre conceitos e perceção.

Manuela Teles, Instituto de Filosofia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto

18h00 – 20h00

AS PLANTAS QUE COMEMOS

As plantas que consumimos advêm de diversos locais do mundo e muitas, integrando a nossa alimentação há séculos ou milénios, são parte indissociável da nossa cultura. Nesta sessão, iremos explorar a ligação entre as plantas e a evolução das sociedades humanas nos últimos 7000 anos.

Com João Tereso, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS/CIBIO-InBIO)

18h00 – 21h00

FUTUREMARES – ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E O FUTURO DOS SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS E DA BIODIVERSIDADE MARINHA

FutureMARES é um projeto de investigação financiado pela União Europeia que examina as relações entre as alterações climáticas, a biodiversidade marinha e os serviços do ecossistema e no contexto do qual serão desenvolvidas soluções baseadas na natureza destinadas a ajudar as sociedades e empresas costeiras a sobreviver e a prosperar face às alterações climáticas. Venha descobrir este projeto.

Com Francisco Arenas, Marina Dolbeth e Cândida Vale, Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)

18h00 – 22h00

MILHO, PIPOCAS E PINTAROLAS: A IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE!

Entre pipocas e pintarolas, nesta sessão vamos todos ser predadores e assim perceber o que é a biodiversidade intraespecífica e qual a sua importância para fazermos frente às alterações climáticas.

Com Xana Sá Pinto, Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF), Universidade de Aveiro, e Patrícia Pessoa, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)

18h00 – 24h00

A ESCOVAR O CÃO A CONTRAPELOS: A HISTÓRIA DAS EXPEDIÇÕES CIENTÍFICAS PARA ALÉM DOS CIENTISTAS

Quando pensamos na história da construção do conhecimento científico, surge-nos frequentemente a imagem do cientista como explorador, a desbravar territórios selvagens em busca de mapear, coletar espécimes e fósseis ou observar fenómenos naturais. No entanto, os processos de produção do conhecimento científico são muito mais complexos, envolvendo indivíduos das mais variadas origens e culturas. Nesta sessão, levar-se-á o público a questionar a ideia de uma ciência feita apenas por cientistas, convidando os participantes a refletir a respeito do papel de múltiplos agentes nos processos de produção do conhecimento.

Com Fabiano Bracht, Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM)/ Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

18h30 – 19h30 & 20h30 – 24h00

NOVAS TECNOLOGIAS PARA O ESTUDO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS A ESCALAS CONTINENTAIS

Consegue imaginar como se pode estudar a relação entre a temperatura e a biodiversidade costeiras ao longo de toda a bacia do Oceano Atlântico? E se lhe dissermos que para o fazer, em ambas as margens do oceano, nos hemisférios Norte e Sul, desde as zonas polares às tropicas e ainda nas ilhas, é possível recorrer a minúsculos dispositivos tecnológicos? Nesta sessão, será demonstrado o funcionamento de uma nova geração de pequenos instrumentos científicos que permitem medir a temperatura de uma forma autónoma a qualquer escala geográfica, recolhendo dados que poderão informar os cientistas sobre os efeitos das alterações climáticas ao longo da próxima década. Será também exemplificada a utilização de um outro tipo de instrumento muito interessante, que permite medir de forma não invasiva e em tempo real o batimento cardíaco de moluscos e crustáceos. Vamos ainda perceber como os dados recolhidos desta forma podem dar pistas aos investigadores sobre o stress térmico e os efeitos deletérios das temperaturas elevadas nos organismos costeiros.

Com Fernando P. Lima, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS/CIBIO-InBIO)

19h00 – 22h00

MUDAR OU NÃO MUDAR? A EVOLUÇÃO DE VARIAÇÃO NA COR SAZONAL DA PELAGEM

A mudança sazonal da cor, de castanho no verão para branco no inverno, é uma capacidade notável de 21 espécies de aves e mamíferos que permite a manutenção da camuflagem em ambientes com cobertura de neve sazonal. No entanto, em locais com pouca neve no inverno, as populações mantêm a cor castanha todo o ano. Nesta sessão, serão apresentados resultados de investigação focada no estudo dos mecanismos genéticos responsáveis por esta variação na cor de inverno, que nos permitem perceber como esta importante adaptação poderá evoluir em resposta às alterações climáticas.

Com Inês Miranda, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS/CIBIO-InBIO)

20h00– 24h00

BIOREM – BIORREMEDIAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLUENTES POR MICRORGANISMOS AUTÓCTONES EM MEIO AQUÁTICO

O projeto BioRem tem como objetivo principal implementar uma solução inovadora e ecológica para combater uma das mais nefastas fontes de poluição marítima: derrames de petróleo e combustíveis marítimos. Esta solução passará pelo desenvolvimento de consórcios microbianos autóctones com capacidade para a biorremediação dos poluentes, assim como pela adaptação de veículos aéreos autónomos para libertar in-situ os microrganismos autóctones (bioaumento) e nutrientes (bioestímulo). É um projeto financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização (POCI) e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia através de fundos nacionais do Orçamento de Estado. Venha conhecer este projeto e as soluções que nos apresenta para fazer face á poluição marinha.

Com Maria Bôto e Rafaela Mendes, Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR)

21h00– 24h00

REORGANIZAÇÃO DA VIDA FACE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As alterações climáticas andam na ordem do dia. Já todos ouvimos que as temperaturas são cada vez mais altas, batendo recordes quase todos os meses. Os gases de estufa acumulam-se, principalmente pela mão humana, e promovem um aquecimento ainda maior. Mas será que foi sempre assim? O que difere entre a situação que vivemos e as alterações do passado? Podemos medir a velocidade das alterações? Mais importante, quais as consequências que estas alterações têm na distribuição da vida no planeta? Nesta sessão serão apresentadas algumas formas através das quais podemos usar as espécies e as suas tolerâncias climáticas para prever a sua distribuição face às alterações ou até mesmo para estimar temperaturas prováveis no passado.

Com Pedro Tarroso, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS/CIBIO-InBIO)

SERVIÇOS DE ECOSSISTEMA E AÇÃO CLIMÁTICA

Os serviços de ecossistema desempenham um papel importante nas estratégias de Ação Climática definidas pelas Nações Unidas. Nesta sessão, serão apresentados alguns dos seus impactos ao nível da mitigação dos efeitos das alterações climáticas (e.g. reduzindo fontes de emissões ou aumento de sumidouros de gases de efeito estufa) e na adaptação dos sistemas às mesmas (e.g. ajustar os sistemas naturais ou humanos para danos moderados ou explorar oportunidades benéficas de variações climáticas).

Com João Torres, ForestWISE Collaborative Laboratory for Integrated Forest & Fire Management

Ao longo de toda a noite, também na Galeria da Biodiversidade….

COLECIONAR HISTÓRIAS NO MUSEU

Nesta Noite Europeia dos Investigadores, venha conhecer a investigação que se faz no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) a partir das suas coleções e de que forma esta nos pode dar a conhecer ambientes passados e a antecipar cenários futuros, permitindo-nos compreender a relação do ser humano com a natureza. Em cada objeto, há um mundo de histórias para contar. Nesta atividade poderá conhecer algumas destas histórias, descobrindo interessantes e, por vezes, inesperadas curiosidades. Todos os segredos serão relevados, numa conversa animada com os curadores e investigadores do MHNC-UP.

Com Cristiana Vieira, Helena Gonçalves. João Muchagata e Rita Gaspar, Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP)

INSTALAÇÃO UNEARTHING QUEER ECOLOGIES (DESENTERRANDO ECOLOGIAS QUEER)

“Unearthing Queer Ecologies” é um projeto de arte sonora audiovisual que utiliza biologia e tecnologia para revelar imagens e sons da vida vegetal em crescimento, para além da perceção humana.
O título refere-se ao termo Queer Ecology que a estudiosa Catriona Sandilands descreve como “reconhecendo que as pessoas consideram frequentemente a natureza em termos de noções dualistas como natural e não natural, viva ou não viva ou humana ou não humana, quando, na realidade, a natureza existe num estado contínuo”.
O projeto presta homenagem a esta ideia, documentando de forma sonora e visual o crescimento de lavanda, amores-perfeitos e também de cogumelos, organismos que foram considerados “queer” pela cultura e que são “queer” na própria natureza do seu ADN.
O projeto articula preocupações de acessibilidade, incluindo elementos visuais para aqueles que têm deficiências auditivas e/ou que pretendem experimentar sons de uma forma única.

A instalação “Unearthing Queer Ecologies” é uma iniciativa integrada no âmbito do programa da edição de 2021 do MEXE – Encontro Internacional de Arte e Comunidade