VERDE ESPERANÇA: OS ESPAÇOS VERDES COMO PANACEIA URBANA

5 de novembro de 2020, 21h30 – 23h00 | Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva

Nota: Tendo em conta as restrições impostas pelas medidas de contenção da pandemia, este evento decorrerá online.

A promessa de prosperidade e melhores condições de vida tem levado a uma concentração de pessoas cada vez maior em cidades. E se é verdade que esta organização tem vantagens, não é menos verdade que tem muitos aspetos menos positivos, como a acentuada degradação ambiental local e consequentes impactos tanto na saúde pública como na biodiversidade. Espaços verdes, como parques, jardins, logradouros, baldios e até simples árvores de arruamento, são fundamentais para se encontrar algum equilíbrio dentro da malha urbana. Representam habitat para a biodiversidade, são essenciais para a regulação dos ecossistemas, e beneficiam a qualidade de vida e a saúde humana em várias frentes: minoram o efeito de ilha de calor e a impermeabilização, potenciam a atividade física, melhoram a função pulmonar, diminuem o stress e promovem o bem-estar psíquico. Com tantas mais valias, porque vemos os espaços verdes a serem continuamente desconsiderados, e até menorizados, pelas administrações locais urbanas?

Investigadores convidados

Inês Paciência (ISPUP – Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto)

Licenciada em Análises Clínicas e Saúde Pública pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, obteve o grau de mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Iniciou a sua atividade profissional em 2011, como bolseira de investigação, no Laboratório da Qualidade do Ar Interior no Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI). Atualmente, é estudante de doutoramento no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) com um projeto sobre os fatores ambientais associados à asma pediátrica, e investigadora no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Tem como áreas de interesse a exposição ao ambiente interior e exterior e os seus efeitos na saúde, nomeadamente na saúde respiratória.

Paulo Farinha Marques (Jardim Botânico da Universidade do Porto)

Licenciado em arquitetura paisagista no Instituto Superior de Agronomia – Universidade Técnica de Lisboa e com um doutoramento pela Faculty of Architectural Studies da Universidade de Sheffield, Reino Unido. Entre 1996 e 2003 exerceu e lecionou nas Universidades de Aveiro e de Trás-os-Montes e Alto Douro, tendo, nesta última, estado envolvido no lançamento do novo curso de Arquitetura Paisagista. Professor associado na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde leciona e desenvolve investigação em áreas que vão desde o planeamento e desenho de parques e jardins até à requalificação de espaços verdes urbanos e promoção da biodiversidade em paisagens históricas, é atualmente diretor do Jardim Botânico da Universidade do Porto.

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