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18 de Fevereiro de 2018 | 18h00

PALESTRA: O PAPEL DO SER HUMANO NA CONSERVAÇÃO DAS AVES NO FUTURO

Estamos numa era dominada pela presença do ser humano, com impactos directos e indirectos sobre a biodiversidade do planeta, inclusive nas aves. Este contexto de mudanças globais ambientais torna urgente a implementação de medidas para reduzir este efeito. Nesta palestra juntamos vários especialistas que activamente trabalham para conservar a biodiversidade de aves, no mundo e em Portugal.

No âmbito desta palestra, venha conhecer o Parque Ornitológico de Lourosa, o único parque ornitológico do país

Altos voos na preservação das espécies e da biodiversidade é o maior desafio e, simultaneamente, a maior aventura e missão do Zoo de Lourosa – o único parque ornitológico do País, há mais de 20 anos.

Muito mais do que um Zoo moderno, vocacionado para a manutenção do bem-estar animal, garantindo a recriação de habitats e hábitos que repliquem, da forma mais aproximada possível, os comportamentos das espécies em estado selvagem, o Zoo de Lourosa acolhe uma coleção de cerca de 500 aves, de 150 espécies diferentes, distribuídas por 80 habitats, com uma representação rara da avifauna dos 5 continentes.

ORADORES

Joaquim Teodósio, Coordenador da conservação terrestre na Sociedade Portuguesa de Aves

Natural de Lisboa. Licenciado em Biologia Aplicada aos Recursos Animais em 2000, pela Faculdade de Ciências de Lisboa. Desde 1996 que tem participado, a nível voluntário e profissional, em diversos projetos de conservação e investigação, trabalhando principalmente com aves, mamíferos e bivalves de água doce. Colaborador voluntário regular da SPEA desde 1998, foi seu representante no Centro de Acolhimento em Esposende para aves afetadas pelo desastre do Prestige. De 2004 a 2008 coordenou o Projeto LIFE Priolo, na Ilha de São Miguel, nos Açores e de 2009 a 2013 coordenou o Projeto LIFE+ Laurissilva Sustentável.Nesse âmbito integrou a equipa responsável pela Carta Europeia de Turismo Sustentável para as Terras do Priolo atribuida pela Europarc em 2012. Até 2016 coordenou o LIFE+ Terras do Priolo em São Miguel bem como o desenvolvimento das restantes atividades da SPEA nos Açores abrangendo diversos projectos de conservação, recuperação e divulgação de espécies de aves e seus habitats. Desde o início de 2017 que é o coordenador do Departamento de Conservação Terrestre da SPEA incluindo o projecto LIFE Rupis para a conservação sustentável de espécies ameaçadas no Douro Internacional

 José Xavier, Investigador do MARE da Universidade de Coimbra

Professor Auxiliar e investigador senior do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Universidade de Coimbra e da British Antarctic Survey, colaborando com mais de 20 países. Doutorado em Zoologia pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), José e a sua equipa faz investigação na Antártida desde 1997, integrando ciência e educação em medidas políticas. As suas áreas principais de investigação é o comportamento de predadores de topo (ex. pinguins, albatrozes e focas) e as suas presas no Oceano Antárctico em relação às alterações climáticas. É co-coordenador dos programas cientificos internacionais ICED e SCAR AnT-ERA. É o chefe de delegação de Portugal nas reuniões do Tratado da Antártida. É o mais jovem investigador a ganhar o prémio internacional Marta T. Muse pelo seu trabalho de excelência na ciência e politica na Antártida.

Luís Reino, Investigador no CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto

Engenheiro Florestal, actualmente é investigador pós-Doutoramento no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) na Universidade do Porto. Os seus principais interesses encontram-se sobretudo relacionados com a conservação de aves, desde a resposta das comunidades de aves de meios agrícolas numa paisagem em permanente mudança, ao estudo dos mecanismos subjacentes à naturalização de espécies introduzidas. Tem participado e coordenado diversos projectos de investigação financiados pela FCT e União Europeia. É autor de 40 artigos publicados em revistas internacionais indexadas, vários livros e brochuras. Mais recentemente faz parte da Comissão Editorial de duas revistas cientificas (European Journal of Ecology e Management of Biological Invasions).

Salomé Tavares, Diretora do Parque Ornitológico de Lourosa

Licenciada em Biologia, ramo de especialização científica, pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e com Pós-graduação em Marketing, pela Escola de Gestão Empresarial do Porto, Universidade Católica. É desde 2004 diretora do Parque Ornitológico de Lourosa- o único parque ornitológico do país, sendo responsável pela coordenação geral das diferentes atividades de Educação, Conservação e Investigação, desenvolvidas neste equipamento. É também desde 2005 Gestora do Processo “Parque” do Sistema de Gestão da Qualidade implementado pela empresa municipal Feira Viva, gestora deste equipamento, segundo a NP EN ISO 9001:2015. Foi durante mais de 6 anos docente e formadora em várias escolas do Ministério da Educação e Centros de Formação.

MODERADOR

Ricardo Jorge Lopes, Investigador no CIBIO-InBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP)

Biólogo, actualmente é investigador pós-Doutorado no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO) na Universidade do Porto e colaborador do MHNC-UP. Interessa-se principalmente pela conservação de Aves, desde mecanismos genéticos até aos impactos do homem, parasitas e da insularidade. Publica regularmente artigos científicos, principalmente utilizando aves aquáticas, aves da Macaronésia e do Mediterrâneo como espécies modelo. Tem participado em vários projectos estruturantes, como por exemplo o último Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal ou o novo Atlas das Aves Nidificantes de Portugal. Promove assiduamente a comunicação da ciência, com vários projectos em colaboração com o Ministério da Educação, a Agência Ciência Viva e a Fundação Serralves. Mais recentemente é responsável pela gestão da coleção de Aves do novo Museu de História Natural e Ciência da Universidade do Porto.

 

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