ESTÁ AÍ ALGUÉM? A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA VIDA NO UNIVERSO

2 de setembro de 2021, 21h30 – 23h00 | Online

O planeta Terra é a única casa que conhecemos. Nós, humanos, e todos os outros seres vivos de que temos consciência, partilhamos, entre muitas outras coisas, o mesmo cenário para as nossas vidas. Adicionalmente, temos em comum os constituintes básicos da matéria que nos compõe: carbono, hidrogénio, azoto, oxigénio, fósforo e enxofre – tudo pó de estrelas mortas que no nosso planeta encontraram a conjuntura cósmica de condições para a ignição da vida. Mas quantas vezes terá este fenómeno acontecido no universo? Será o surgimento de vida na Terra um acontecimento extraordinário ou, antes pelo contrário, algo frequente em outros planetas que rodeiam outras estrelas? Como o escritor de ficção científica Arthur C. Clarke tão bem resumiu – “Das duas, uma: ou estamos sozinhos no universo ou não. Ambas as possibilidades são igualmente terríficas.” Nesta sessão vamos falar da vida. O que sabemos nós sobre a origem da vida no nosso planeta e da possibilidade de vida extraterrestre? Quão especial é o nosso planeta, o nosso “ponto azul-claro” na imensidão de planetas no universo?

Investigadores convidados

Marta Cortesão (DLR –  Centro Aeroespacial Alemão)

Marta Cortesão é investigadora na área de Microbiologia Aeroespacial no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), em Colónia. É Mestre em Biologia Celular e Molecular pela Universidade do Porto, e Doutorada em Microbiologia do Espaço pela Universidade de Göttingen, Alemanha. No seu doutoramento estudou a adaptação de fungos (mais conhecidos como bolor) a condições espaciais como a radiação ou a microgravidade. Entre diversas colaborações, destacam-se a missão análoga a Marte “MARSBOx” com a NASA Ames Research Center. Apaixonada por astrobiologia, Marta Cortesão dedica-se também à comunicação de ciência, através de palestras dedicadas a estudantes, TEDx, Science Slams, e do seu website e redes sociais “Space Microbes”.

Sérgio Sousa (Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, Centro de Astrofísica da Universidade do Porto)

Sérgio Sousa é investigador no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Doutorado em Astronomia, especializou-se no estudo da caracterização e compreensão de sistemas planetários participando também na descoberta de planetas extra-solares, tendo tido acesso aos melhores observatórios astronómicos europeus, como é o caso do Observatório Europeu do Sul (ESO, localizado no Chile). Participa em missões espaciais fazendo parte da equipa científica da missão CHEOPS da Agência Espacial Europeia (ESA) contribuindo também numa componente técnica no Centro de Operações Cientificas desta missão. Contribuiu para o desenvolvimento do espectrógrafo de alta resolução ESPRESSO que foi recentemente instalado no VLT do Observatório Europeu do Sul (ESO),  cuja equipa científica coordena atualmente. Quer o CHEOPS, quer o ESPRESSO pertencem a um leque de instrumentos de ponta dos quais se esperam grandes avanços nesta área científica e num futuro muito próximo.

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