HOMENAGEM A RUBEN A. | CONCERTO DE LAUREADOS DO PRÉMIO MUSA 2020 

PROGRAMA

Agnelo Marinho (1993-)
O mundo à minha procura I
clarinete e recitação*

José Tiago Baptista (1988-)
Caranguejo
violino e recitação*

Camila Salomé Menino (2001-)
Silêncio para 4
flauta e recitação*

Manuel Brásio (1992-)
O mundo à minha procura II
violoncelo e recitação*

Solange Azevedo (1995-)
Torre de Barbela
piano e recitação*

O mundo à minha espera
recitação

Diogo Novo de Carvalho (1986-)
Mensagem sentida sem sentido*
pierrot ensemble

Miguel Resende Bastos (1995-)
Um adeus aos deuses**
pierrot ensemble e recitação

* Encomenda MPMP
** Obra vencedora do Prémio Musa 2020

Carmen Granja, recitação
Clara Saleiro, flauta
Miguel Costa, clarinete
Francisca Portugal, violino
Ângela Carneiro, violoncelo
Isa Antunes, piano
Jan Wierzba, direcção artística e musical

Tiago Candal, captação e edição de som
Ricardo Fino e Paulo Gonçalves, vídeo

SOBRE OS ARTISTAS

Agnelo Marinho | Agnelo Marinho (n. 1993) é licenciado em composição (ESMAE) e detém o 8º grau de flauta transversal (CMP). O seu trabalho composicional abrange um conjunto de obras para formações diversas, com especial foco na música de câmara instrumental/vocal de pequena/média constituição. Nos últimos anos, tem manifestado um interesse particular pela direção, tendo sido responsável pela estreia de algumas obras de colegas de curso.

Frequenta, atualmente, o curso superior de direção de banda (AEDB/EAWB) e o último ano do curso de mestrado em ensino de música, ramo de ATC (Universidade de Aveiro). Foi professor da área (ATC) no Conservatório de Música do Porto (2020).

José Tiago Baptista | José Tiago Baptista nasceu em 1988 em Sandim. Em 2003 ingressa na Fundação Conservatório Regional de Gaia onde obtém bolsa de estudos por mérito. Mais tarde, em 2006, muda-se para Academia de Música de Espinho (AME). Licencia-se em Educação Musical pela Escola Superior de Educação do Porto, em 2011. Termina, em 2014, o curso de Composição na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto (ESMAE). Em 2017 finalizou o seu mestrado em Ensino da Música – Variante de Análise e Técnicas de Composição pela Universidade de Aveiro.

É um dos fundadores e formadores do “Experiências Musicais Contemporâneas” – projecto que pretendia aproximar jovens músicos da música contemporânea. Em 2015, juntamente com Nelson Nunes e Manuel Brásio, criou o “1º Seminário de Iniciação à Música Electroacústica de Lagos”, realizando a segunda edição no ano seguinte. Em 2017 foi distinguido com o 1º prémio no 4º Concurso de composição para crianças da APEM. Desde 2016 é o organizador do Prémio Nacional de Composição séc. XXI – Viana do Castelo e membro do seu júri. Em 2020 estreou, com o seu companheiro Manuel Brásio, o espetáculo multimédia QUEM FALA ASSIM.

Atualmente é professor na Academia de Música de Viana do Castelo e na ARTEAM – Escola Profissional Artística do Alto Minho. É sócio fundador e membro da direção da Interferência – Associação de Intervenção na Prática Artística.

Camila Salomé Menino | Trompetista e compositora natural do Porto. Frequenta a licenciatura em música na Universidade de Aveiro.

Compositora emergente da 1ª Edição do Festival CriaSons, na temporada 2018/19 da Musicamera Produções; vencedora do concurso “Quem é Calouste?”, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian; premiada na 8ª, 9ª e 10ª edição do concurso “Prémio de Composição Século XXI”, organizado pela ARTEAM. Colaborou na criação do álbum “Reflexos” e “Flow”, gravados pelo clarinetista Frederic Cardoso e pelo eufonista Mauro Martins, respetivamente.

Escreveu “Silêncio para 4”, para flauta e recitante, obra inserida no Concerto de Laureados do Prémio Musa 2020, organizado pelo MPMP – Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa. Colabora com a Orquestra Clássica de Espinho e a Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves.

Manuel Brásio | Músico e criativo nascido em 1992 ligado à composição e sound design para concerto, teatro, dança, e cinema, baterista e percussionista freelancer; professor e formador nas áreas da criatividade musical; pertence à rede de artistas do Showcase by artway Culture and arts, plataforma de lançamento de novos projetos/artistas; sócio sobrevivente da AISCA, sócio fundador e coordenador de actividades da Interferência juntamente com José Tiago Baptista; colabora ainda no projecto FabLab Porto de João Barros, na equipa da Digitópia/Casa da Música e no projecto performativo Melífluo.

Licenciado em Composição na ESMAE; Mestre em Multimédia: Música Interactiva e Design de Som pela FEUP; Compositor editado pelo Mic.pt e pelo mpmp; colabora frequentemente com o Teatro do Montemuro; escreveu “Bom dia Sophia” para oboé solo, uma encomenda da RTP/ANTENA2 para o Prémio Jovens Músicos 2018; Foi ainda director artístico, compositor e intérprete de SUPRAHUMAN obra em digressão da Interferência em 2019 com o apoio da DGARTES, Centro Nacional de Cultura, IPDJ e Antena 2.

De momento apresenta-se em digressão com QUEM FALA ASSIM, um concerto multimedia, produção Interferência em colaboração com a Associação Portuguesa de Gagos no qual divide a criação e direcção artística com José Tiago Baptista.

Solange Azevedo | Compositora e artista interdisciplinar, a sua produção musical inclui obras a solo, para música de câmara — com e sem electrónica —, para ensemble e para orquestra; e escreveu para os grupos AntiTrio, Neue Vocalsolisten Stuttgart, Noviga Projekto e Hodiernus Ensemble, tendo participado em festivais como: Festival Música Viva (Lisboa), Harmos Festival (Porto), Festival Musica (Estrasburgo) e Festival Mixtur (Barcelona). É licenciada em composição pela ESMAE (2017), onde frequenta o mestrado em composição e no qual investiga as relações entre elementos musicais e pictóricos do seu processo criativo.

Faz parte dos membros fundadores da Plataforma do Pandemónio – Coletivo de Criação Artística, onde colabora na criação de projectos interdisciplinares e na gestão dos mesmos. Integra o laboratório de criação de ópera, European Opera Academy LAB (2019-2020); escreveu para os projectos “Agustina: novas leituras, outras metamorfoses” (2019)  e  “Criação, circulação, registo de áudio e edição de obras de música portuguesa contemporânea, numa perspetiva reflexiva” (2018). Integrou o projecto Música Pobre (2017), BoCA.

Diogo Novo Carvalho | Estudou composição na ESMAE com Filipe Vieira, Dimitris Andrikopoulos e Fernando Lapa; e música electrónica com os professores Carlos Guedes, Gustavo Costa, Rui Dias e Filipe Lopes. Participou em vários workshops de composição: com Amílcar Vasques Dias, Magnus Lindberg, Kaija Saariaho, Emmanuel Nunes, Pascal Dusapin e participou no 16th International Summer Symposium of Composition and Multi-Percussion, na República Checa, onde trabalhou com Ivo Medek, Jeff Beer e Tomas Ondrusek. Premiado em diversos concursos nacionais e internacionais como medalha de ouro no VI Concurso de Composição de Volos (Grécia), 1º prémio no Festival Internacional InterArtia 2008 (Grécia), eleito Artist of the Year 2008 pela International Art Society of Greece (Grécia), finalista do International Music Prize for Excellence in Composition 2011 (EUA), finalista do Musica Domani Prize 2012 (Itália), 2º Prémio no III Concurso Nacional de Composição da Banda Sinfónica Portuguesa em 2015 (Portugal) e em 2018 recebeu uma Menção Honrosa no concurso Prémio de Composição Francisco Martins (Portugal).Como compositor tem realizado um trabalho diversificado e profundo sobre a articulação de modelos temporais associados à noção de silêncio, com obra interpretada em festivais como Aveiro-Síntese (2018-2020), Dias da Música Eletroacústica (2017), Festival 20.21 (2018), e encomendada por intérpretes e formações como Francisco Béreny (guitarra), Ricardo Pires (saxofone), André Correia (saxofone), Frederic Cardoso (clarinete), Duo Sofia Leandro e Bruno Santos (violino e percussão) e Ensemble MPMP.

É doutorando em Estudos Artísticos (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2019- ); investigador colaborador (CEIS20/Universidade de Coimbra, 2019- ); mestre em Composição e Teoria Musical (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, Instituto Politécnico do Porto, 2013) e em Ensino da Música (Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa, 2017).

Miguel Resende Bastos | Miguel Resende Bastos é um jovem compositor do Porto atualmente baseado na Alemanha. A sua música tem como principais influências as correntes artísticas e os compositores da segunda metade do séc. XX e séc. XXI, mas também os seus professores: os compositores Dimitris Andrikopoulos, Ivo Medek, René Uijlenhoet e Robin de Raaff, com quem estudou no Porto, em Brno e em Roterdão.

As suas obras com foco na relação entre música e literatura (em poesia ou prosa) foram já por duas vezes premiadas, tendo mais recentemente trabalhado em música com declamação, ópera e música eletrónica, bem como em projetos com coreógrafos e música para dança.

Mantém uma atividade regular como flautista, atuando principalmente com grupos dedicados à improvisação livre, e tem o prazer de fazer parte do Coral de Letras da Universidade do Porto, dirigido pelo maestro José Luís Borges Coelho.

Carmen Granja | Saída de um percurso ligado ás Artes Visuais, ingressa na Licenciatura em História e Arqueologia, na Universidade de Évora, com o objectivo de mais tarde se especializar em investigação em História da Arte. Concluída a licenciatura, na vertende de Investigação em História, ingressa no Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, acabando por se mudar para Lisboa, acaba por ser esta a fase em que a poesia entra de forma mais expressiva e pública na sua vida.

Tendo na literatura a maior paixão, – desde que aprendeu a arte que era a de juntar letras para formarem magia -, foi enquanto estudava Saramago no secundário, que acordou para a poesia. Foi na sensibilidade da prosa de Saramago, que começou a querer procurar que outra forma de escrita poderia ser tão poderosa.

Em Lisboa, começou aos poucos a dizer poesia no Povo, no Cais do Sodré, durante as sessões de poesia semanais do núcleo Poetas do Povo. Desde então, tem sido convidada para várias sessões noutros projectos e locais do país, tendo tido a última presença este ano, a convite da Câmara Municipal de Setúbal, no passado dia 23 de Setembro de 2020, com as sessões organizadas pela autarquia de Poesia sem medo.

Jan Wierzba | Nascido na Polónia e educado no Porto, Jan Wierzba é conhecido como um dos músicos mais versáteis da sua geração enquanto pianista, programador cultural e director de orquestra. O seu interesse a nível de repertório vai desde a música barroca até à criação contemporânea. Apresentou-se em ópera, teatro musical, projectos pedagógicos, e trabalha tanto em contexto coral como sinfónico. É um entusiasta de projectos multi-disciplinares, procurando novas possibilidade e perspectivas artísticas através do cruzamento de diferentes géneros de arte e estilos musicais. Interessa-se pelo desenvolvimento de novas possibilidades na arte de direcção de orquestra devido às mudanças rápidas a que a sociedade contemporânea obriga, nomeadamente no que diz respeito a interesses do público, práticas interpretativas e surgimento de novas tecnologias.

É Maestro Titular da Orquestra Clássica do Centro e Professor de Orquestra na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Foi Maestro Assistente da Netherlands Philharmonic Orchestra entre 2017 e 2019. Integra também a direcção do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP) e é Director Artístico do Ensemble MPMP, trabalhando activamente pela promoção da música erudita portuguesa de todas as épocas.

Projectos recentes e futuros incluem programas com a Netherlands Philharmonic Orchestra, Real Filarmonia de Galicia, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa,  Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Netherlands Chamber Orchestra, Orquestra Clássica de Coimbra, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Geração, e Ensemble MPMP.

SOBRE O ENSEMBLE MPMP

O Ensemble MPMP é um grupo de instrumentação flexível que tem desenvolvido, desde 2012, um trabalho de proximidade com musicólogos e compositores com vista à redescoberta de património português do passado e à valorização de repertórios contemporâneos. Tem-se apresentado no Festival Prémio Jovens Músicos (2013 e 2015) e no Festival de São Roque (2013 a 2019), tendo estreado modernamente obras de cerca de uma dezena de compositores dos sécs. XVIII a XX.

O seu quarteto de cordas e o duo de piano a quatro mãos realizaram uma digressão ao Brasil em 2014. Em 2015 levou à cena as óperas O cavaleiro das mãos irresistíveis e Cai uma rosa…, respectivamente de Ruy Coelho e de Daniel Moreira. Concebeu os projectos “Latitudes” e “Música Portátil” e conta já com quatro participações discográficas.

A sua participação no Festival “Dias da Música” 2017, apresentando o Requiem à memória de Camões de João Domingos Bomtempo, foi transmitida pela RTP.

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